segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A profissão do futuro já começou!


Neste ano, a Fisioterapia comemorará 42 anos de regulamentação. A evolução da Fisioterapia nestes anos deixa explícito que muito foi conquistado, porém muito mais ainda é preciso conquistar para continuar crescendo e se destacando no cenário nacional.
Historicamente a Fisioterapia no Brasil se despontou a partir da necessidade do então Presidente da República Getúlio Vargas em 1944. Até então todos os serviços de reabilitação eram realizados por Fisiatras, Massagistas e Auxiliares de Fisioterapia, tendo como finalidade a prática recuperadora das seqüelas físicas.
Em 1951, foi realizado o primeiro curso para formação de técnicos em Fisioterapia pela Universidade de São Paulo e em 1963, a Fisioterapia se tornou curso superior, mas a atuação dos fisioterapeutas estava subordinada aos médicos. Somente em 1969, com o Decreto Lei 938 de 13 de outubro, as profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional foram regulamentadas.
Hoje, com quase 42 anos, a Fisioterapia conquistou um espaço importante entre as demais profissões das ciências da saúde. Certamente não foi fácil alcançar esse “status”, muito foi idealizado e realizado, os fisioterapeutas tiveram que mostrar à sociedade, assim como ao outros profissionais, seu contínuo aperfeiçoamento com base em fundamentos científicos. Além disso, os profissionais fisioterapeutas tiveram que aperfeiçoar e apresentar formas de intervenção que permitissem mostrar que sua atuação é capaz de abranger todos os níveis de saúde com eficácia.
É inegável dizermos que avançamos muito, mas sabemos que podemos conseguir muito mais. Não por ganância, mas pelo simplório fato de estarmos diante de uma das profissões mais brilhantes e promissoras das ciências da saúde.
Há tempos ouvimos falar em profissão do futuro, e planeamos uma Fisioterapia que não fazia parte do nosso contexto sociocultural e econômico. Entretanto, hoje estamos diante das oportunidades, das possibilidades de uma profissão repleta de potencialidades, mas pouco ou mal explorada pelos profissionais.
            A Fisioterapia precisa renovar-se a cada dia para conquistar cada vez mais seu espaço e mudando assim o panorama atual, fazendo com que a mesma esteja acima de qualquer interesse pessoal, e tornando o fisioterapeuta menos estático e mais decisivo na melhoria da profissão do futuro, bem porque esta já começou há quase 42 anos atrás. 


Luan César Simões,
Fisioterapeuta
Crefito: 142222-F

Sal, o vilão do coração. A relação do consumo de sal com a Hipertensão Arterial



Um dos maiores males do século 21 é a Hipertensão arterial. A taxa de mortalidade anual por hipertensão no Brasil é de 18,8 pessoas por 1000. Isso pode ser justificado pelo fato de a hipertensão afetar direta ou indiretamente os diversos órgãos e sistemas do corpo humano, daí a importância da prevenção e do tratamento dessa doença o quanto antes.
Quando seguimos uma dieta para tirar o sal da nossa alimentação sempre imaginamos excluir o sal comum de cozinha e esquecemos que certos alimentos industrializados, como sopas instantâneas, pizzas prontas congeladas, salgadinhos, temperos industrializados e embutidos, como salame, contém excesso de sódio (sal), o que não faz nada bem para a saúde. Podemos afirmar que dos muitos fatores de risco associados com a pressão alta, aquele que tem sido mais investigado é o consumo diário de sódio na dieta. 
Foi comprovado que populações ocidentais e com alto consumo de sal apareceram como tendo os maiores percentuais de hipertensão, enquanto as populações rurais ou primitivas que não faziam uso de sal de adição apresentaram menores prevalências ou nenhum caso de hipertensão arterial.
Por essa e por outras, o ideal é manter uma dieta saudável, rica em frutas e vegetais e pobre em gorduras. Manter o saleiro à mesa também pode ser um dos vilões, pois instiga a vontade de adicionar o tempero à comida.

Veja as nossas dicas de hoje:
  • Quando estiver cozinhando, procure substituir o sal por outros condimentos - alho, cebola, salsa, cheiro verde, manjericão, páprica. Eles ajudam a mascarar a falta de sal e deixam a comida bem mais saborosa.
  • Acostume-se a ler os rótulos dos alimentos e só escolha as marcas que possuem menor
    quantidade de sal (sódio).
  • Tire do cardápio os alimentos muito salgados, como toucinho e bacon. E não exagere no consumo de alimentos embutidos - salsicha, presunto, mortadela, lingüiça, salame.
  • Na hora do lanche, evite os salgadinhos.
  • E corte o hábito de adicionar sal à comida quando ela estiver na mesa. Se for preciso, esconda o saleiro!

A Fisioterapia no Climatério e Menopausa

Desde antes mesmo da primeira menstruação, o ciclo reprodutivo feminino é extremamente dinâmico, causando muitas vezes extremas mudanças fisiológicas nos mais variados órgãos e sistemas do organismo. Todas essas modificações são decorrentes das concentrações de dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona. Estes hormônios atuam nas mais diversas fases da vida da mulher, aumentando e diminuindo a sua concentração constantemente.
Entretanto, por volta da 5º década de vida, as taxas de estrogênio e progesterona começam a diminuir acentuadamente, causando uma série de sinais e sintomas característicos de uma fase chamada climatério. Podemos dizer que seja uma fase de limites imprecisos na vida feminina; compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo.
De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% das mulheres. Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e face, muitas vezes acompanhadas de rubor (vermelhidão) no rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese (suor que pode ser abundante), palpitações e ansiedade. As crises geralmente duram de um a cinco minutos e podem repetir-se diversas vezes por dia.
Mas existe diferença entre o climatério e a menopausa? Sim. Poderíamos dizer que a menopausa faz parte do climatério. Para ser mais claro, o termo menopausa vem do grego mēn (mês) e paûsis (interrupção, pausa), ou seja, é a cessação completa da mestruação. Assim como chamamos a primeira menstruação de menarca, também chamamos a última de menopausa.
A queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Podem surgir incontinência urinária, ardência à micção, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos ginecológicos. Os músculos que formam o assoalho responsável pela sustentação dos órgãos genitais e bexiga urinária enfraquecem e podem surgir prolapsos (útero e bexiga caídos). Os pêlos pubianos ficam mais ralos, os grandes lábios mais finos, a mucosa vaginal perde elasticidade e flexibilidade podendo sangrar e doer à penetração.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano que passa. A perda é mais sentida nas vértebras e nas extremidades dos ossos longos. Há fatores evitáveis que aumentam o risco de perda óssea: dietas pobres em cálcio, com excesso de vitamina D, ingestão exagerada de cafeína, de álcool, tabagismo, vida sedentária e o uso de certos medicamentos.
A Fisioterapia pode ajudar a mulher a passar por essa fase de maneira mais saudável, atuando tanto na prevenção quanto no tratamento. A atividade física é importante para a prevenção de doenças cardiovasculares, osteoporose, alivia os eventos vasomotores, além de ser uma ótima fonte de prazer, pois libera hormônios que causam bem estar e melhoram inclusive a qualidade do sono.
Dessa forma a fisioterapia poderá atuar fazendo um programa completo que associará diversos exercícios aeróbios e de musculação realizados de forma contínua, visando: preservação da flexibilidade, da amplitude de movimento, da força, resistência, equilíbrio, agilidade; estimulação axial; aumento do aporte de sangue, oxigênio, glicose e cálcio propiciando a manutenção de minerais ósseos prevenindo a osteoporose, além de melhorar a conscientização corporal e postural.
          A Fisioterapia também pode atuar no tratamento da incontinência urinária e disfunções sexuais. Muitas mulheres acreditam ser comum a perda de urina com o avançar da idade, e não vêem mais o seu corpo como forma de prazer em sua vida sexual. Isso é um grande engano. Perder urina não é normal, e existem diversos tratamentos. A atividade sexual pode acompanhar a mulher em toda sua vida, se há presença de dor ou incomodo, também pode ser tratada.
A atividade física produz também vários efeitos psicológicos benéficos, tais como: proporcionar prazer, melhorar o convívio social, redução da depressão e tensão, auxiliar na estabilização do humor, prevenindo e conservando o bem estar físico e mental.
É importante ressaltar que os exercícios devem ser orientados por profissionais especializados, pois irão variar de acordo com a idade, severidade da condição patológica (ex. osteoporose), doenças associadas e a funcionalidade da paciente.
Assim, a Fisioterapia na fase do climatério é uma fonte de promover saúde, mas principalmente qualidade de vida, para isso o serviço domiciliar proporciona maior interação do terapeuta com o ambiente do paciente, facilitando a indicação de exercícios e das orientações, além da comodidade e sem dificuldade na locomoção.

Luan César Simões,
Fisioterapeuta.
Crefito: 142222-F

Resolução 002/2011 - Proibição de anúncios em sites de compras coletivas


CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA
E TERAPIA OCUPACIONAL
1ª REGIÃO
RESOLUÇÃO No- 2, DE 19 DE JUNHO DE 2011
Dispõe sobre a proibição da venda de serviços
fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais
através de sítios na internet, nos
sites denominados vendas eletrônicas coletivas.

O Plenário do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região, com circunscrição nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo artigo 46º, da Resolução COFFITO182 em sua 171ª Reunião Plenária, realizada no dia 02 de julho de 2011, em sua sede situada na Rua Henrique Dias, nº 303, Boa Vista - Recife PE:
1.Considerando a garantia dos direitos dos usuários, atendidos pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, de receberem tratamento com qualidade, conforme determinam os artigos 3º e 4º do Decreto Lei 938/69 e Resoluções COFFITO 80 e 81;
2. Considerando que, na oferta de serviços generalizada, o profissional não avalia o usuário de forma específica, pois o resultado de um mesmo procedimento é variável entre os usuários;
3. Considerando que os aspectos éticos legais da propaganda não são garantidos em compras eletrônicas coletivas, configurando-se em concorrência desleal, cobrança de preços aviltantes, desrespeito e mercantilização das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, além de não garantir a qualidade do atendimento, sem proceder a avaliação prévia do usuário;
4. Considerando que é proibida a divulgação de preços dos atendimentos, como forma de propaganda, e que a oferta de serviços fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais, através de sites de compras eletrônicas coletivas ferem o artigo 8º da Resolução COFFITO-10,
Resolve: Artigo 1º - Fica terminantemente proibida a participação de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional - jurisdicionados no CREFITO-1 - no uso de propaganda dos seus serviços em compras em grupo e/ou compras eletrônicas coletivas; Artigo 2º - Em sendo comprovada a participação desses profissionais nos referidos sítios de compras eletrônicas coletivas, será instaurado o competente processo ético disciplinar com as aplicações das penalidades previstas, nos termos da Lei 6.316/75 e Resoluções COFFITO 10 e 59. Artigo 3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.


SILANO SOUTO MENDES BARROS.
Presidente do Conselho

Percepção sobre câncer de próstata entre usuários do Programa de Saúde da Família de Cabedelo – PB


RESUMO

Introdução: O Câncer de próstata é atualmente considerado pela OMS como um problema de saúde pública, representando 40% do total dos casos de câncer no homem, principalmente acima dos 50 anos, sendo a segunda causa de morte nessa população. Há indícios que sua incidência esteja crescendo de 2% a 3% (49.530 casos) ao ano, justificada pela evolução do diagnóstico. Objetivo: O estudo visou verificar o nível de informação dos usuários do Programa de Saúde da Família de Cabedelo – PB, sobre o câncer de próstata, sua prevenção, diagnóstico e sintomatologia. Metodologia: A pesquisa tratou-se de um estudo de campo, de caráter quantitativo. Foram entrevistados 31 homens, selecionados de forma aleatória, de acordo com a disponibilidade dos mesmos, realizada por visitas dos pesquisadores junto aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) aos seus domicílios. A coleta dos dados ocorreu entre os dias 07/05/09 a 21/05/09, por meio de um questionário, o qual abordava dados sócio demográficos, assistenciais e de práticas preventivas frente a este tipo de câncer. Resultados: A maioria dos entrevistados (51,6%) apresentavam idade entre 20 e 44 anos, 22,5% possuíam ensino médio e superior completo e recebiam uma quantia de R$ 465,00 a R$ 1476,00 mensalmente, representando 16 (51,6%) dos participantes. No que tange aos resultados referentes à assistência a saúde, 27 afirmaram residir próximo ao posto de saúde, porém, apenas 7 (22,5%) responderam ter recebido informações sobre o câncer de próstata. Dos entrevistados, apenas 7 já realizaram o exame, porém, 3 com indicação médica e 4 por conta própria. Quanto ao conhecimento prévio da patologia em estudo, os entrevistados responderam que conheciam (71%), contudo, ao serem questionados sobre a sua função, apenas 16,2% (5) responderam, mas, apenas 1 (3,2%) acertou. Sobre as manifestações da doença, apenas 1 relatou algo que se aproximou da resposta correta. Conclusão: Com isso, o estudo evidencia uma fragilidade no nível do conhecimento sobre o Câncer de próstata por parte dos homens, o que reflete a necessidade de intervenções voltadas à educação em saúde para esta temática e este público. Permitindo reflexões que possam contribuir para a melhor compreensão e efetiva prevenção desta patologia.

Autor:
Luan César Ferreira Simões,
Co-autores:
Nelson Felipe Teixeira Modesto,
Rachel Cavalcanti Fonseca,
Renatta da Silva Farias.

Caiu na Prova!! Tabes Dorsalis.

O agente etiológico na tabes dorsalis é:

a)    Estafilococos
b)   Pneumococos
c)    Meningococos
d)   Coliformes fecalis
e)   Treponema pallidum

Segundo Rey (2003), tabes dorsalis constitui inflamação crônica e esclerose progressiva das raízes espinhais proximais posteriores, das colunas posteriores da medula espinal e dos nervos, como manifestações tardias da neurossífilis cujos sintomas incluem ataxia ou incoordenação muscular, anestesia, neuralgias, crises gástricas e atrofia muscular. O Treponema pallidum constitui um espiroqueta e é o agente etiológico responsável pela neurossífilis compreende diversas síndromes diferentes, decorrentes da infecção do cérebro, meninges ou medula espinal pelo Treponema pallidum. Este se define por três achados: uma síndrome consistente com neurossífilis, título sanguíneo anormal em teste de anticorpos para Treponema e teste positivo para anticorpos não-treponêmicos no líquido cefaloraquidiano (LCR).
Resposta: E.
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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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