terça-feira, 24 de maio de 2011

E aí doutor! Ei, espera aí, Fisioterapeuta é DR ou FT??

 Muito se fala a respeito do uso título nobre de doutor (Dr) pelos profissionais não médicos. Existe muita dúvida (e muita besteira) e pouca certeza (e objetividade nos fatos), se os próprios Fisioterapeutas não se aceitam como doutores e se autodenominam "FTs", o que os próprios pacientes (muitas vezes leigos) irão pensar? Não pesarão nada, pois está tudo de cabeça para baixo! 

Chega a ser absurdo a quantidade de fisioterapeutas que assinam o nome com tal abreviação, e o pior é que em muitas universidades essa prática também é corriqueira, ou seja, recém-formado ou não, o fisioterapeuta aprendeu erroneamente, diga-se de passagem a usar o bendito "FT" (FisioTerapeuta ???).

Se você é colega de profissão, não se diminua exportando abreviaturas não reconhecidas, como o FT. Assuma a postura e a responsabilidade que você suou para adquirir na universidade. E se for questionado a respeito aí vai o argumento:

A origem do termo doutor encontra-se na palavra latina doctor, que significa mestre ou professor, pertencente à família do verbo docere, cuja tradução é ensinar. Um doutor, considerando-se do ponto de vista estritamente etimológico da palavra, é aquele que ensina. Segundo os nossos atuais dicionários Aurélio, Houaiss e Michaelis, doutor, em suma, significa: aquele que cursou o doutorado; uma pessoa considerada muito culta, importante; todo o indivíduo formado em curso superior.

Segundo o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - CREFITO, o fisioterapeuta deve usar e apresentar-se como Doutor na sua atuação profissional com respaldo legal para tal, considerando o princípio da isonomia, da tradição cultural de nosso país e da sua fundamentação científica profissional. Alguns fisioterapeutas brasileiros usam a abreviação Ft. (fisioterapeuta) transcrita dos fisioterapeutas portugueses e originada do molde PT (physiotherapeutic) dos norte-americanos ao invés de usar o título Dr. A abreviatura FT. não é oficial no Brasil, e portanto não é reconhecida pelos CREFITO's e COFFITO.

RESPALDO LEGAL PARA O USO DE DOUTOR PELO FISIOTERAPEUTA:
O PRESIENTE DO CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 5ª REGIÃO – CREFITO-5
;
No uso de suas atribuições e competência prevista no inciso II, do art. 44, da Resolução COFFITO-6, tendo em vista o deliberado na Reunião de Diretoria, realizada em 23/10/2000, em consonância com a luta até então desenvolvida pelo Egrégio Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, e considerando:

1- A não existência do direito positivo brasileiro, consubstanciado na Lei n. 5.540 de 28.01.68, e no Decreto Lei n. 465 de 10.02.65, de preceitos legais disciplinando a concessão do título de Doutor;

2- Baseando-se em que o uso do título de Doutor tem por fundamento procedimento isonômico, sendo, em realidade, a confirmação da autoridade científica profissional perante o paciente;

3- Que o título de Doutor tem por fundamento praxe jurídica do direito consuetudinário, sendo de uso tradicionalmente aceito entre os profissionais de nível superior;

4- Que a praxe jurídica fundamentada nos costumes e tradições brasileiras, tão bem definidas nos dicionários pátrios, assegura a todos diplomados em curso de nível superior, o legítimo direito do uso do título de Doutor;

5- Que a não utilização do título de Doutor leva a sociedade e mais especificamente a clientela do profissional da área a que se destina assistência fisioterapêutica, pressupor uma inadmissível e inconcebível subalternidade, em se tratando de profissional de nível superior;

6- Que deve ser mantida isonomia entre os componentes da Equipe de Saúde e que o título de Doutor é um complemento, um “plus” na afirmação de um legítimo direito conquistado ao nível de aprofundamento em uma prática terapêutica com fundamentação científica;

7- A inexistência, na língua portuguesa e na legislação própria das expressões FT e TO, o que por lógico torna inadmissível a utilização de tais abreviaturas como identificação do profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, respectivamente;

8- Que expressões outras que não Fisioterapia, dificultam e não identificam de forma clara e objetiva o profissional da Fisioterapia;

DECIDE: Recomendar aos Fisioterapeutas que na sua atuação profissional usem o título de Doutor, por se tratar de um direito legítimo e incontestável. Outrossim, decide ainda, não reconhecer as abreviações FT como identificadora do profissional da Fisioterapia.
E utilizando o nobre colega Geraldo Barbosa do 14-F Fisioterapia como referência, concluo:

"À guisa de lembrete: "Agr.", traduz-se por Agricultura; "Biol.", significa Biologia; "Filos.", Filosofia; "Med.", Medicina; e assim por diante, sem que venha a significar uma profissão ou título que a qualifique. Não nos parece correto, na lingua portuguesa, abreviar nomes próprios de profissões; se estivermos enganados, os Filólogos nos censurem e/ou nos consertem.

A utilização da abreviatura do título de doutor (Dr.) - no sentido já mencionado, de designar quem simplesmente se diplomou em uma universidade - por Fisioterapeutas, remonta ao início dos anos 60 do século passado, sendo portanto anterior ao Decreto-Lei Nº 938/69, com a finalidade de caracterizar um profissional cuja prática está ancorada na fundamentação científica. Nada mais justo, para ressaltar a formação universitária daqueles que lutam pela isonomia com as demais categorias profissionais da área da saúde."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os Benefícios do Relaxamento



 Não há possibilidade falar sobre os benefícios do relaxamento sem citar as terríveis conseqüências e danos que o estresse provoca em nosso organismo, mente e corpo. Portanto, a atividade frenética do cérebro influencia o corpo todo, ativando nervos, hormônios, músculos, tecidos e órgãos. Cria-se um ciclo de autodesgaste, pois em estado de estresse, nervosismo e ansiedade, a freqüência de nossas ondas cerebrais tende a subir, e quanto mais altas, menor a acuidade dos sentidos, o que nos torna mais desatentos, desastrados e bloqueados.

 Vista pelo âmbito espiritual, a pessoa ansiosa, agitada, é um “prato perfeito” para os assediadores espirituais, que se aproveitam da nublação mental para garantir sua acoplagem e ganho de energia. E esse é só o início de um processo que torna a pessoa cada vez mais intranqüila. 
Existe em nosso corpo, no centro de nosso cérebro, o hipotálamo, um minúsculo órgão que é o centro de abastecimento de nossos pensamentos e emoções. Ele recebe pensamentos e emoções criados por nós, seja de forma consciente ou inconsciente. Quando nos encontramos em um estado de estresse, as substâncias que o hipotálamo libera e o sistema nervoso simpático fazem com que nosso sistema nervoso parassimpático sofra uma espécie de anestesia.
 O sistema nervoso parassimpático possui um ramo que é autônomo e, consequentemente, responsável por todo processo do nosso organismo, que funciona independentemente do controle consciente. Dessa maneira o simpático, que é o sistema de emergência acionado pelo estresse, passa a comandar nosso corpo e mente. A partir desse comando podemos observar os seguintes acontecimentos:

- Nossa freqüência cardíaca é acelerada
- Os vasos sanguíneos de nossa pele se contraem e assim provocam a diminuição do fluxo sanguíneo
- Os vasos sanguíneos se dilatam nos músculos esqueléticos - o corpo é preparado para reagir no impulso natural que possuímos, de luta ou fuga
- As secreções do aparelho digestivo diminuem ou param de ser produzidas - a saliva, os sucos gástricos, os pancreáticos e a bile
- Todas as saídas corporais se contraem
- As glândulas sudoríparas aumentam a secreção
- A supra renal libera adrenalina e corticóides
- A hipófise aumenta a secreção de alguns hormônios

 Se o estresse é passageiro, os sintomas são mais fracos e terminam logo após o acontecimento que o desencadeou. Mas, se é crônico, ou seja, se é oriundo de algum fato que se repete diariamente, os resultados podem ser devastadores.

 Quando a mente se acalma e a pessoa é capaz de desacelerar ou fazer cessar atividades mentais desnecessárias (fantasias, críticas, autopiedade, diálogo interno improdutivo), que preenchem a maior parte dos nossos dias, as células e tecidos do cérebro e do corpo podem repousar e recuperar-se, gastando menos e armazenando mais energia. O padrão de nossas energias se eleva, e os assediadores “caem fora”, pois as energias sutis não são percebidas pelas consciências mais densas e quanto melhor o padrão de nossos pensamentos e de nossos sentimentos melhores as companhias espirituais que atraímos. O relaxamento libera o cérebro para captar e reagir a um padrão mais sutil de energia, agindo, então, na promoção da nossa saúde. 
 Por meio do relaxamento, aprendemos a nos conhecer de modo mais completo, ouvindo-nos e respeitando-nos, e assim, liberamos a inteligência da mente e do corpo para aprender melhores meios de atingir nossos objetivos, aumentando em muito nossa qualidade de vida.
 A prática do relaxamento traz clareza mental, ampliação da memória, equilíbrio emocional, bom humor, saúde e aumento da auto-estima. Um bom relaxamento é um momento de encontro consigo, feito através do foco na respiração, no corpo e no estado mental.
 Ao ficarmos mais atentos a tudo, aumentamos nossa capacidade de usar a intuição e de decidir acertadamente. Intuir nada mais é do que enxergar melhor as coisas que acontecem lá fora, olhando para dentro.   

- Equilibra o metabolismo, a pressão arterial, o ritmo cardíaco e a freqüência respiratória.
- Regula os hormônios produzidos pelo corpo, gerando saúde e bem-estar.
- Proporciona descanso de seis a oito vezes maior que o sono, dando mais energia.
- Auxilia na superação do envelhecimento precoce, insônia, cansaço e ansiedade.
- Melhora a concentração, raciocínio, memória e clareza nos pensamentos.
- Desenvolve a criatividade, a percepção e a autoconfiança.
- Reduz stress, dores e tensões musculares.
 

 O relaxamento poderá trazer algumas sensações físicas em uma determinada parte do corpo ou no corpo inteiro, tais como: sensação de formigamento, de peso, de imobilização, de inchaço ou de que não se sente o corpo.



Luan César Ferreira Simões
Fisioterapeuta


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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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