quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Fisioterapia no Trauma Raquimedular (lesão da coluna vertebral)


Assim como o personagem Pedro da novela "Insensato Coração" muitas outras pessoas sofrem trauma medular no Brasil, cerca de quarenta novos casos anuais por milhão de habitantes, perfazendo um total de seis a oito mil casos por ano, cujo  custo  aproximado é de 300 milhões de dólares por ano aos cofres públicos, ou seja, trata-se de um problema de saúde pública visto a sua alta incidência e conseqüente gasto para a manutenção da vida.

A coluna vertebral é formada por trinta e três a trinta e quatro vértebras (07 cervicais, 12 torácicas, 05 lombares, 05 sacrais e 04 ou 05 coccí-geas). No centro das vértebras existe um orifício por onde passa a medula espinhal, a qual tem início no Sistema Nervoso Central (cérebro) e é responsável pelos movimentos, sensibilidade, dentre outras funções específicas.

Um trauma na coluna pode causar danos que podem ser contornados com um bom tratamento ou  podem levar a conseqüências irreversíveis. Isso dependerá da lesão causada (rompimento parcial ou total da medula), dependerá também do tipo de "nervos" acometidos (sensitivos ou motores), e ainda do seguimento da coluna comprometido (cervical, torácico, lombar ou sacral).

De modo geral o tratamento para o trauma da medula já inicia-se no momento do resgate, ou seja, dependendo do acidente, as equipes já vão preparadas para o resgate de uma possível vítima de lesão medular. A partir daí, uma série de exames e testes são realizados a fim de diagnosticar o trauma medular e o paciente recebe toda a atenção (intensiva) dos profissionais. Neste primeiro momento algumas vítimas encontram-se em choque medular, o qual dura pelas próximas 24 a 48 horas, caracterizado por perda de todos os reflexos, interrupção fisiológica, flacidez e paralisia. 

A reabilitação já inicia no próprio hospital, ainda na UTI, com a intervenção voltada para a parte respiratória para a otimização das trocas gasosas, função pulmonar e cardíaca. Na seqüência dar-se-á prosseguimento com um trabalho voltado para a parte motora, dando ênfase aos estímulos sensitivos, trabalhando força, coordenação e consciência corporal, dentre outros.

A evolução deste tipo de caso se dará mais pela força de vontade, iniciativa e perseverança do paciente para com o seu tratamento. É de extrema importância que o indivíduo lesado busque energia para enfrentar esta fase juntamente com a família e com o fisioterapeuta.

Luan César Ferreira Simões
Fisioterapeuta


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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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