segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Estamos de férias!!
Estaremos de volta em Fevereiro com uma super novidade: agora teremos uma equipe de colaboradores dedicada exclusivamente ao conteúdo do nosso blog.
Aguarde!!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Filhos do mesmo Brasil: Uma breve reflexão sobre acessibilidade.
Quantas vezes você já estacionou numa vaga para deficientes físicos ou já viu alguém parar na frente de uma rampa de acesso? Agora me diga se você já se viu impossibilitado de ir a algum lugar porque não tinha transporte adequado ou porque o caminho até este local está impróprio para o seu deslocamento? Essa é uma reflexão simples quando algo não nos atinge e quando nos colocamos na pele daquele que sofre com o tal problema. Hoje falo de acessibilidade.
Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informações, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população.
Não é difícil de se deparar com as situações citadas acima, bem porque, segundo o senso de 2000, no Brasil temos 24,5 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total sendo portadora de alguma deficiência física. Esses dados não consideram aqueles que experimentam a deficiência temporariamente como gestantes, obesos, dentre outros (imagine se contabilizássemos).
Será que as cidades brasileiras estão prontas para "acolher" essa demanda de pessoas que necessitam de uma infraestrutura específica? Será que nós estamos prontos para dividir os espaços e fazer valer a acessibilidade? Muito se tem evoluído, tem-se feito bastante, mas muito ainda depende de uma ordem judicial para que se faça cumprir as leis.
O Ministério da Saúde lançou em 2002 a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência objetivando proteger a saúde da pessoa com deficiência; reabilitar a pessoa com deficiência na sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo para a sua inclusão em todas as esferas da vida social; e prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências. Se não fosse as ONGs e demais instituições, não sei o que seria daqueles que necessitassem do governo para obter a sua recuperação e consequente qualidade de vida.
A acessibilidade deve ser muito além do que o acesso físico; acessibilidade deve nascer dentro de cada um, visando ao apoio e auxílio para aqueles que necessitam. Quem sabe um dia haverei de reconhecer que meu país seja digno o bastante para tratar seus filhos igualitariamente, sem restringir, sem impossibilitar e sem excluir. Quero viver para ver o dia que entenderemos o sentido real da palavra igual, independente de cor, raça e condição física. Um dia teremos acesso livre ao que é nosso por direito, um dia seremos filhos do mesmo Brasil!
Luan César Simões
Fisioterapeuta
domingo, 4 de dezembro de 2011
A Fisioterapia Hospitalar e suas perspectivas
Fabricio
Lopes Conduta
Especialista
em Fisioterapia Hospitalar
Membro
da Liga sem Dor de Curitiba
Associado
a Neurotrauma Brasil
Crefito-
6499 LTT-F
Primeiramente
gostaria de agradecer a oportunidade dada pelo Dr Luan César Simões, pelo fato
de expor mais sobre uma das especialidades da Fisioterapia que é a Hospitalar,
e pelo espaço dado aos profissionais para expor suas experiências, servir de
roteiro para profissionais e estudantes ou até mesmo para aqueles que pretendem seguir esta
área e contribuir de forma grandiosa para o crescimento da Fisioterapia.
Vários
avanços tecnológicos na área da saúde e o aumento na expectativa de vida da
população acabaram refletindo em maior sobrevida dos indivíduos
hospitalizados, sendo assim indispensável a atuação do Fisioterapeuta no cotidiano.
Atualmente
contamos com inúmeras áreas onde o profissional pode atuar no ramo da
Fisioterapia. São grandes as instituições que as oferecem. Durante o período da
faculdade, sempre gostei, de uma maneira geral, do ambiente hospitalar e das
matérias especificas que havia na grade curricular. Após o término da
faculdade, decidi então me especializar em Fisioterapia Hospitalar, tendo como
professores grandes nomes da Fisioterapia, servindo de plena concretização para
a minha escolha nesta área.
A especialização em Fisioterapia Hospitalar surgiu em
1996 de uma necessidade de haver um profissional que atuasse de uma forma
generalista abordando os pacientes em diversas especialidades. Isto veio a se
fortalecer com o advento do conceito de restituir a funcionalidade ao paciente
de maneira cada vez mais precoce, anulando os efeitos deletérios da internação,
promovendo condições, fatores ideais e qualidade para uma reabilitação fora do
ambiente hospitalar, vindo a ser firmado com grande destaque dentro do ambiente
hospitalar. O profissional atuante nesta área precisa estar em constante
renovação, avaliando o paciente a cada atendimento de maneira global, quebrando assim paradigmas históricos. O conhecimento sobre
técnicas básicas de cirurgia se torna fundamental para o atendimento do
paciente. Outro item importante nesta área é no que se refere as orientações
dadas aos pacientes, tendo em vista que o Fisioterapeuta é o primeiro
profissional a ter contato com o mesmo, sendo da mesma maneira importante e recomendável, a continuidade do atendimento fisioterapêutico além do espaço hospitalar.
Atualmente ela é oferecida em várias instituições de renome;
em moldes de pós graduação e residências. Entre as disciplinas mais estudadas
nesta especialização estão: Pneumo-funcional, cardio-respiratória, neuro-funcional,
ortopedia, farmacologia, exames complementares, saúde da mulher, gerontologia,
unidades de terapia intensiva (cardiologia, neonatal, pediátrica e adulta).
Apesar de ainda não ser uma especialidade reconhecida pelo COFFITO, atualmente
contamos com a Sociedade de Fisioterapia Hospital, criada sem fins lucrativos ,
principalmente educativa e instrutiva para a divulgação e valorização
desta especialidade e da Fisioterapia como um todo.
Nossa
luta é levar ao conhecimento de diversos profissionais esta especialidade e
desmistificar que o especialista desta área trabalha somente com
cardiorrespiratória, o que é erroneamente relatado. Atualmente com quase 3 mil
membros entre especialistas e profissionais atuantes neste ambiente; com parcerias fortes, estamos cada vez mais nos fortalecendo. A Sociedade de
Fisioterapia Hospitalar espera que um dia esta especialidade venha a ser
reconhecida, bem porque a Fisioterapia Hospitalar vem mostrando importância e efetividade, promovendo
qualidade de vida entre os pacientes hospitalizados.
Me coloco a disposição para eventuais dúvidas
que possa a vir a ocorrer, e gostaria de deixar o site da Sociedade de
Fisioterapia Hospitalar para que conheça um pouco sobre o nosso trabalho!
Obrigado,
e sucesso sempre!
E-mail:
Fabrício_conduta@hotmail.com
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Entrevista para o PbSaúde
O constante crescimento do número de fisioterapeutas fez com que esta classe se aprimorasse cada vez mais. Esse refinamento contínuo fez desses profissionais seres mais capacitados e mais humanos. Hoje, eles vão além das salas de reabilitação física, e começam a ganhar espaço nas Unidades de Terapia Intensiva e Centros de Reabilitação Pulmonar.
Para entender um pouco mais dessa especialidade, conversamos com Dr. Luan César Simões , fisioterapeuta especializado em Fisioterapia Cardiovascular. Confira!
PBsaúde - Em que consiste a fisioterapia cardiorrespiratória?
Como o próprio nome já nos demonstra, esta especialidade da Fisioterapia relaciona-se com o sistema respiratório e cardíaco, e utiliza estratégias, meios e técnicas visando não somente o tratamento para as diversas patologias que envolvem esses sistemas, mas também para a avaliação e prevenção das mesmas. Em suma, podemos afirmar que esta especialidade tem como objetivo otimizar o transporte e oferta de oxigênio, buscando prevenir, reverter e/ou minimizar disfunções aos órgãos-alvo, promovendo assim a máxima funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes.
PBsaúde - Esse tipo de fisioterapia está atrelada somente à hospitais?
Não, a Fisioterapia Cardiorrespiratória atua não apenas em hospitais, mas também no nível ambulatorial, como no caso das clínicas e consultórios, assim como no domicílio do paciente, principalmente daqueles mais críticos, que muitas vezes necessitam de um acompanhamento constante de uma equipe multidisciplinar para a manutenção da sua ventilação pulmonar.
PBsaúde - Muitos pacientes internados em UTI se submetem à fisioterapia cardiorrespiratória. como é feita a avaliação do paciente?
A avaliação fisioterápica é padronizada de maneira a contemplar os diversos sistemas daquele indivíduo, seja neurológico, cutâneo ou osteomioarticular, por exemplo, isso porque muitas das consequências cardiorrespiratórias podem ser advindas de outras causas e/ou sistemas, por essa razão, se faz extremamente necessário que o profissional fisioterapeuta, realize uma avaliação sistêmica do indivíduo. Do ponto de vista cardiorrespiratório, a avaliação se deterá aos vários aspectos referentes àqueles sistemas, a começar pelas informações contidas nos monitores, como as freqüências cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio, pressão arterial e eletrocardiograma; depois desses aspectos dar-se-á prosseguimento com a inspeção do tórax, palpação, percussão, ausculta pulmonar e cardíaca, dentre outros pontos que o profissional achar conveniente.
PBsaúde - Como o fisioterapeuta especializado trabalha com pacientes de UTI? Quais as dificuldades?
Muitas pessoas têm no imaginário que a UTI é um ambiente de pessoas prostradas no leito, entregues à doença ou que estejam praticamente mortas e incomunicáveis; mas essa não é a realidade de todas UTIs, muito pelo contrário. Atualmente a tecnologia, as pesquisas e a qualificação profissional estão causando modificações extremas nas UTIs Brasil afora. Hoje em dia as UTIs estão mais humanizadas e o fisioterapeuta tem toda a liberdade de realizar suas técnicas, métodos e estratégias com toda a segurança com o paciente. Quem poderia imaginar que um paciente de UTI poderia deambular (caminhar) dentro do setor estando entubado e realizando exercícios fisioterapêuticos? Mas hoje o fisioterapeuta pode utilizar as mais variadas ferramentas (com segurança) visando o bem-estar dos pacientes, seja nos exercícios, na deambulação assistida, nas manobras torácicas, enfim, existem muitas possibilidades. A dificuldade que eu poderia citar é ainda a concepção retrógrada de alguns gestores quanto à necessidade do fisioterapeuta para a obtenção de bons resultados na UTI, como também da resistência de alguns profissionais em fazer da UTI um novo ambiente, baseado numa visão contemporânea de Unidade de Terapia Intensiva.
PBsaúde - Pacientes em estado de coma também podem submetidos? como são avaliados seus desempenhos?
Sim, sem dúvidas os pacientes que se encontram em estado de coma também passam pelo tratamento fisioterapêutico em cardiorrespiratória, muitas vezes precisando até mais do que aquele outro que está em estado de vigília, isso porque, aquele paciente comatoso está sem nenhum reflexo de defesa no seu corpo e seu estado impossibilita, por exemplo, a remoção das secreções pulmonares, fazendo com que este indivíduo necessite de uma higienização brônquica; além do mais, por estar fazendo uso de um modo ventilatório controlado pela máquina, este paciente poderá apresentar fraqueza da musculatura torácica, podendo trazer complicações futuras para seu pulmão. A avaliação do ponto de vista cardiorrespiratório de um comatoso se dará através dos vários parâmetros apresentados nos monitores, além dos resultados colhidos nos exames complementares como a gasometria arterial. Existem outras maneiras de se avaliar pacientes no coma, a exemplo da presença ou não de drive respiratório (reflexo respiratório), reflexo de tosse, padrão respiratório, enfim, irá depender da patologia que levou aquele indivíduo à UTI como também se o coma é induzido ou não, por exemplo.
PBsaúde - Ao sair da UTI, os pacientes devem continuar com o tratamento?
Possivelmente após a saída desse paciente da UTI para outro setor do hospital ele será acompanhado por um fisioterapeuta para não só reabilitar a questão cardiorrespiratória, mas também por todas as conseqüentes repercussões pelo período que ele ficou internado na UTI. Depois da sua alta hospitalar, o seu acompanhamento ou não, dependerá das suas seqüelas ou da condição de saúde na qual ele se encontra. Por exemplo, o paciente é portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) há muitos anos, teve uma crise e foi parar na UTI, melhorou, teve alta hospitalar, entretanto dependerá de oxigenoterapia; possivelmente esse paciente será acompanhado por um fisioterapeuta, não apenas para adequar a sua ventilação e oferta de oxigênio, mas principalmente para evitar que esse indivíduo retorne para a UTI futuramente. Daí a importância de uma equipe interdisciplinar para poder fazer os devidos encaminhamentos para que situações como essas sejam minimizadas e até mesmo evitadas.
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