quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Prostituição Profissional: A Fisioterapia no caminho do sacrifício
Ultimamente
tenho presenciado diversas demonstrações de revolta por parte de muitos colegas
fisioterapeutas na tentativa de abrir os olhos dos Conselhos Federal e
Regionais, companheiros de classe, políticos/gestores e de toda sociedade para
barrar ou minimizar uma série de situações banais que corriqueiramente vêm
tomando conta da nossa profissão, denegrindo-a e desvalorizando-a perante todos.
E sabe quem
causa toda essa desmoralização da classe? Os próprios profissionais que se
submetem a valores irrisórios, que se passam de profissional de ensino superior
por meros técnicos, que “tratam” um paciente em 15 minutos com uma massagem que
chamam de Fisioterapia, que enganam, que iludem e que tornam o nome da minha
profissão um lixo na boca daqueles desavisados que se deparam com esse perfil
de profissional.
Muitos colegas
já afirmaram mudar de profissão, já se aceitaram como parte integrante da dura
estatística de “desempregados insatisfeitos prontos para seguir noutra carreira”.
Foi doloroso encontrar com uma colega que disse abertamente: “boa sorte para
vocês (recém-formados), eu já desisti, vou tentar Medicina!”. O que está
acontecendo com os nossos profissionais? Desiludidos ou incompetentes? Nenhuma
profissão desfruta de 100% de esplendor e logo a nossa Fisioterapia com seus
poucos (quase) 42 anos de regulamentação.
Lembra
daqueles que prostituem a profissão? Esses estão por aí em qualquer lugar,
fazendo “Fisioterapia” por qualquer trocado. Já não bastasse se encontrar no
fundo do poço, ainda tenta exterminar a nossa Fisioterapia com a qualidade
inerente aos quinze reais que eles recebem. No final de tudo, valorizo aquela
que resolveu abandonar a Fisioterapia e seguir na Medicina.
Os Conselhos
vêm com uma posição mais dura diante das várias impactantes situações encontradas.
Muitas novidades/modificações e adequações em resoluções visando barrar o
desenfreado (absurdo) fenômeno capitalista do: “pague menos e leve mais com
menos qualidade”, encontrados nos sites de compras coletivas e também com uma
nova resolução que está para ser aprovada acerca do valor mínimo para sessões
de Fisioterapia. Penso que de questões jurídicas os Conselhos estão se valendo,
mas na prática precisamos de mais evidências.
E volto ao
princípio: ultimamente tenho presenciado diversas demonstrações de revolta por
parte de muitos colegas fisioterapeutas. Sim, isso é maravilhoso! Fico muito
feliz em ver que a cada dia recebo inúmeras mensagens por email, redes sociais
e telefonemas com denúncias sobre as questões escandalosas já relatadas. É
disso que precisamos, denúncias!
Nós temos que
aprender a ser cooperativistas, precisamos prezar pela união e isso deve
começar pela denúncia; sejamos nós os fiscais mais ferrenhos em defesa da nossa
profissão; bem porque não adianta esperar apenas dos Conselhos, são poucos
fiscais e mesmo tendo um batalhão deles, poucas são as denúncias que chegam de
forma oficial. Sejamos nós os fiscais, sejamos nós dignos do nosso título, que
na verdade é muito mais do que isso, é um dom, e saibam que muitas vezes um dom
é como uma cruz que se carrega, uns à caminho do sacrifício, outros da
salvação.
Luan César Simões
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Sim brasileiros, dignidade!
Qual é o cúmulo da falta de
humanidade? Deixar uma família peregrinando com seu filho com Traumatismo
craniano dentro de uma ambulância de hospital em hospital; ou quem sabe o idoso
que estava sofrendo um AVC abandonado e sem assistência; ou ainda uma grávida
em trabalho de parto com risco de morte, ter seu filho na frente do hospital?
Sinceramente, não sei!
O que vemos hoje no Brasil é o
cúmulo de tudo. É o cúmulo da desatenção com o ser humano, da insensatez com a
dor do outro, da falta de vergonha na cara! Está diante dos nossos olhos toda a
malandragem, a corrupção do nosso sistema de saúde. Desvios de verba,
terceirizações indevidas e toda a falcatrua com o dinheiro do povo.
Sim brasileiros, nosso dinheiro
anda por aí enchendo cuecas ou dando mais status a bandido. Enquanto isso, cabeças
são abertas com furadeiras, tomógrafos enferrujados sem nem terem sido
utilizados e um mundo de acusações baseadas numa política suja e
descomprometida com os desejos e anseios do povo.
Pouco a pouco vamos morrendo e
sofrendo com dores (físicas e espirituais) nos corredores ou nas portas dos
hospitais, chorando e implorando por uma saúde digna. Sim brasileiros, muitas
vezes pedimos pra morrer sem tanta humilhação.
E o cúmulo da falta de
humanidade? Onde está? Está em cada pedaço mal feito e mal planejado dessa
banalização da morte e do sofrimento alheio. É fácil acusar, denegrir e
insultar, o difícil mesmo é se responsabilizar, assumir o erro e resolver o
problema. Estamos cansados de promessas, estamos entediados de tanta mentira,
queremos ter o nosso direito a ter vida e ter morte digna. Sim brasileiros,
dignidade!
Luan César Simões
Fisioterapeuta
terça-feira, 13 de setembro de 2011
A Fisioterapia Dermato-funcional no Pré e Pós Operatório de Cirurgia Plástica
Atualmente,
as cirurgias plásticas têm apresentado uma grande procura e com isso, a mesma
vem aprimorando suas técnicas em diversos tipos de cirurgia, dentre elas estão
a Lipoaspiração, Rinoplastia, Mamoplastia e Abdominoplastia. Cabe ressaltar que por ser uma área de ampla
atuação faz-se necessário a integração de uma equipe multidisciplinar a fim de
alcançar maiores resultados e um benefício ainda maior para o paciente.
A
eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento
cirúrgico ou da sua técnica, a preocupação com os cuidados no pré e pós-operatório
tem demonstrado fator preventivo de possíveis complicações, além da promoção de
um resultado estético mais satisfatório. É necessário avaliar o paciente antes
e depois da cirurgia, para assim poder traçar uma análise das características
decorrentes da cirurgia, como exemplo: exame do trofismo cutâneo e muscular,
edema, cicatriz, dor e sensibilidade.
De
acordo com o exposto, o relevante aumento da procura pela cirurgia plástica, abre
uma área de atuação para o Fisioterapeuta, e é nesse sentido que a especialidade
Dermato-Funcional tem sido amplamente recomendada pelos cirurgiões como forma
de tratamento para maximizar os resultados dessas cirurgias.

Já
no pós-operatório a Fisioterapia e suas modalidades terapêuticas nos permite
tratar edemas, drenando e descongestionando os tecidos, promovendo assim uma cicatrização mais rápida
e de melhor qualidade, muitas vezes sem deixar marcas.
Muitos
pacientes submetidos às cirurgias plásticas não são encaminhados para a
realização de tratamentos pós-operatórios com fisioterapeutas, ou o são em
fases tardias, o que pode levar a resultados poucos satisfatórios. Cabe ao
fisioterapeuta atuar com todos os recursos disponíveis para minimizar esta
alteração funcional e promover uma reabilitação de qualidade ao paciente que
precisa dos seus serviços. Daí a importância de ser o fisioterapeuta o
profissional mais indicado e qualificado para o tratamento no pré e pós
operatório de cirurgias plásticas, por essa razão, os pacientes devem estar
atentos e criteriosos com a formação do profissional que os atende.
Portanto,
o fisioterapeuta, após a avaliação minuciosa, irá traçar um programa de
tratamento eficaz, observando sempre as características clínicas apresentadas
pelo seu paciente. Após traçado os planos de tratamento, poderemos expor os
procedimentos fisioterapêuticos que auxiliarão na melhoria do quadro do
paciente. Veja alguns exemplos:
- Drenagem linfática manual
- Massoterapia,
liberação tecidual funcional.
- Agentes térmicos: calor ou
frio
- Ultra-som
- Microcorrentes, corrente galvânica.
- Vacuoterapia
- Laser
- Cinesioterapia: exercícios para correção de postura antálgica (posturas decorrentes da dor), encurtamentos e contraturas musculares e ganho de amplitude articular.
-Drª. Renatta
da Silva Farias -
Fisioterapeuta Dermato-Funcional
141321F.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Previna e identifique o Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Definição
O Acidente Vascular Cerebral
(AVC),
ou Acidente Vascular Encefálico (AVE),
vulgarmente chamado de derrame cerebral, é
caracterizado pela perda rápida (aguda) da função neurológica, decorrente do
entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos
cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode
apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo
lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual
súbito de uma parte do campo visual por pelo menos 24 horas. Pode ainda evoluir
com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência que pode
evoluir com seqüelas ou até mesmo a morte, sendo a rápida chegada no hospital importante
para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as
doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC
representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em
camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica
dependente de cuidados de reabilitação
O
termo Ataque Isquêmico Transitório (AIT) refere-se ao déficit neurológico
transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade.
Classificação
Sinais e Sintomas
Os sintomas de AVC dependem da parte do cérebro que é lesada. Em alguns casos, uma pessoa pode nem mesmo estar ciente de que teve um derrame.
Os sintomas geralmente se desenvolvem repentinamente e sem aviso, ou eles podem ocorrer ocasionalmente por um ou dois dias. Os sintomas geralmente são mais graves quando o AVC ocorre pela primeira vez, mas eles podem ficar piores aos poucos.
Fique ligado:
• falta de sensibilidade ou fraqueza que
surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um
lado só do corpo
• confusão repentina,
problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com
um dos olhos
• dificuldade de caminhar,
tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
• forte dor de cabeça que
surge de repente, sem causa aparente
Siga o teste, identifique casos de AVC e ajude imediatamente!
Ao primeiro sinal de AVC o paciente deve ser levado imediatamente a uma emergência para que se tenha tempo de salvar a área cerebral atingida!!!
Ligue SAMU 192
Fatores de Risco
- Hipertensão arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "12 por 8"; porém, cada pessoa tem um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, tem-se a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais; a melhor solução é a prevenção. Deve-se entender que qualquer um pode se tornar hipertenso. Não é porque mediu uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar. Além disso, existem muitas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa. A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento. Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sangüíneo ou a uma isquemia.
- Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançar o cérebro, além dos outros órgãos, podendo levar a uma isquemia. As principais situações em que isto pode ocorrer são arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc.
- Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.
- Tabagismo: O hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, diminui a oxigenação do sangue e aumenta o risco de hipertensão arterial.
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
- Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.
- Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
- Sexo: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
- Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.
- Anticoncepcionais hormonais: Atualmente acredita-se que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentem, significativamente, a ocorrência de AVC.
- Condições de vida: Uma pesquisa da Associação Americana Derrame, sugere que homens solteiros ou infelizes no casamento correm mais risco de sofrer AVC.
Portanto, tente manter hábitos de vida saudáveis, pratique esportes e mantenha sempre suas taxas e níveis de colesterol, pressão e glicemia dentro da normalidade. O AVC pode matar ou causar sequelas para o resto da vida. Cuide-se!
Luan César Simões
Fisioterapeuta
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