sábado, 14 de abril de 2012

Quando nada mais fizer sentido



terça-feira, 3 de abril de 2012

Fisioterapeuta consciente para um futuro descente!




O blog InfoFisio formulou uma enquete para saber a opinião dos fisioterapeutas sobre a Resolução 387/2011, que fixa os parâmetros assistenciais fisioterapêuticos, isto é, dispõe sobre o número máximo de atendimentos por turno de trabalho nas diversas especialidades da Fisioterapia.

No resultado, impressionou-me o percentual de 47% dos votantes, praticamente a metade, não conhecerem, ou seja, não saberem do que trata a citada Resolução.

Esse número expressivo de fisioterapeutas ou acadêmicos de cursos de Fisioterapia que não tem conhecimento de normatização da assistência fisioterapêutica aponta uma cruel realidade de apatia profissional que circunda a nossa prática, de forma mais específica, da realidade do nosso Estado. Na Paraíba, é inquestionável o crescimento do número de profissionais na última década. Dispomos de mais de dez instituições de formação em Fisioterapia. Atuamos nas diversas aéreas e ocupamos variados espaços terapêuticos. O nosso trabalho é extremamente reconhecido pelos nossos usuários, bem como pelos demais profissionais da equipe multidisciplinar em saúde.

No entanto, nesse cenário profissionalmente próspero, o fisioterapeuta não conhece as bases legais de sua profissão, não reconhece os avanços normativos dos últimos anos, pior, nem os conhece.

Entendo que o mercado de trabalho é individualista e desagregador, mas percebo que conosco o individualismo e a desagregação já estão presentes na formação acadêmica. Formamos técnicos capazes, competentes e preparados para ocupar o seu espaço no mercado de trabalho, mas não formamos, em grande número, fisioterapeutas fortalecedores da Fisioterapia.

O que há conosco? Por que é tão difícil reconhecer a nossa identidade enquanto trabalhadores em saúde?

Vivemos um tempo em que não se reconhece a necessidade e a importância do fortalecimento das representações profissionais. Experimentamos a crítica não-construtiva e a concorrência desagregadora. Entendo que o momento é de resgate e agregação, de uma energia inovadora que nos impulsione não apenas para frente, mas também para cima.

Que sejamos uma profissão reconhecida pela força e compromisso dos nossos fisioterapeutas com e para a Fisioterapia.


Iara Lucena
Conselheira do Crefito1 na Paraíba

domingo, 25 de março de 2012

A Síndrome de Down e o pré conceito: De Kalil em Kalil um dia a gente aprende


          

        Há algumas semanas me deparei com a seguinte notícia em todos os jornais, sites e redes sociais “Jovem Portador de Síndrome de Down é Aprovado no Vestibular da Universidade Federal de Goiás” e fiquei pensando se tal notícia seria uma maneira apenas de informar à população sobre a capacidade dos portadores de Down ou se uma forma de demonstrar o nível de desconhecimento (e surpresa) e até de preconceito da população em geral sobre os portadores desta síndrome.

            O primeiro passo para reverter a atual situação seria informar às pessoas sobre o que é a Síndrome de Down (SD). Todos nós temos em nosso DNA, pares de componentes genéticos chamados de cromossomos numerados de 1 a 23, os quais possuem as nossas características físicas, intelectuais e etc. De maneira simples podemos dizer que a SD é gerada devido a um erro genético produzido pela presença de um cromossomo de número 21 a mais, ou seja, em vez de termos um par cromossômico, temos uma trissomia. Esse distúrbio ocorre, em média, em 1 a cada 800 nascimentos, não distingue raça, cor ou classe social e tem maiores chances de ocorrer em mulheres que engravidam quando estão mais velhas.

           Os olhos amendoados, a face achatada, o pescoço curto, os dedos das mãos menores e o maior relaxamento muscular são características comuns. A possibilidade de ter doenças associadas – como problemas cardíacos e respiratórios, alterações auditivas, de visão e ortopédicas – também está presente nesses indivíduos.

          A síndrome de Down é diagnosticada logo após o nascimento pelo pediatra que analisa as características físicas comuns à síndrome, entretanto, a SD pode ser diagnosticada ainda durante a gestação por meio do exame genético, realizado por um especialista. Não existem graus da Síndrome de Down, porém o ambiente familiar, a educação e a cultura em que a criança está inserida influenciam muito no seu desenvolvimento, ampliando as possibilidades dessa criança evoluir sem grandes dificuldades.

        Os portadores da Síndrome de Down apresentam sim um atraso no seu desenvolvimento motor e pode apresentar déficit cognitivo de leve a moderado, porém, o que poucos sabem é que essas alterações não impedem eles de terem uma vida normal. Sim, as crianças com Down podem e devem freqüentar escolas regulares; os adolescentes podem ter uma vida social normal e os adultos podem estudar, trabalhar e casar-se, por exemplo.

O Kalil Assis Tavares é um jovem de 21 anos e mostrou ao Brasil e ao mundo a potencialidade dos portadores da Síndrome de Down. Assim como qualquer pessoa “normal” que teve oportunidade de ter uma educação digna, ele foi capaz de ser aprovado no vestibular de uma universidade federal.

           O que me chama a atenção nessa história não é o fato dele ter alcançado o objetivo de muitos jovens brasileiros que se esforçam e buscam uma vaga numa universidade pública, mas sim o desconhecimento das pessoas e que em pleno século XXI ainda é possível perceber o preconceito da maioria delas diante do diferente, do desconhecido. As pessoas julgam sem conhecimento, investem em um “achismo” baseado no nada, ou fundamentado no arcaico entendimento anterior ao século XIX, quando pais e professores não acreditavam na possibilidade da alfabetização e esses portadores de SD eram rotulados como doentes e, portanto, excluídas do convívio social.

        A Síndrome de Down não pode continuar sendo interpretada como retardo mental, apesar dos portadores apresentarem um déficit cognitivo variável, isso não os impede de ter uma vida totalmente normal. Mas o que é normal? O normal é uma designação inespecífica, subjetiva e altamente sujeita ao erro, principalmente quando interpretada por pessoas equivocadas ou extremamente preconceituosas. Não se pode admitir discriminar, admite-se incluir. Os portadores da Síndrome de Down precisam sentir-se acolhidos socialmente, não como pessoas “especiais”, mas como cidadãos inteligentes, dignos, politicamente ativos e críticos, envolvidos numa sociedade banalizada e pronta para indevidas rotulações e ausente no seu papel de sociedade acolhedora. Sim, os portadores da Síndrome de Down são especiais, não por nada, mas por representarem uma luta constante contra o preconceito e a injustiça!
           

Supervisão de texto:
Luan César Simões


segunda-feira, 19 de março de 2012

Método Pilates: Uma breve fundamentação teórica



Há alguns anos atrás a expressão inglesa fitness era utilizada para definir atividades que desenvolviam corpos perfeitos, desempenho e aptidão física. Hoje, essa denominação ainda é utilizada, porém a expressão atual é Wellness ou, em português, qualidade de vida que engloba diversos fatores que trabalham em conjunto para o equilíbrio entre saúde mental e física do indivíduo proporcionando-lhe uma vida mais saudável.

Nesse contexto, o método Pilates encaixa-se perfeitamente, pois se trata de uma atividade física que utiliza um sistema de exercícios que adere condicionamento físico e mental promovendo o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. O método, criado pelo autodidata alemão Joseph Humbert Pilates no inicio do século XX, utiliza-se de seis princípios básicos que tornam o método um grande diferencial em relação a outras atividades e no tratamento de afecções da coluna, como hérnia de disco e a lombalgia.

Os princípios são: 1. Centralização ou Power House (casa de força) que é composta por músculos do tronco que se localizam entre as cinturas escapular e pélvica como transverso do abdômen (TRa), abdominais, glúteos, assoalho pélvico (MAP), entre outros, de onde os movimentos devem se iniciar e fluir para as extremidades; 2. Concentração nos movimentos e músculos que o expressam de modo a estabelecer a conexão mente-músculo aumentando o recrutamento de unidades motoras; 3. Precisão aliada ao princípio anterior permite, ao máximo, o aproveitamento dos benefícios de cada exercício; 4. Controle une centralização e concentração resultando no controle total do movimento. Não foi a toa que Joseph inicialmente batizou seu método de contrologia; 5. Respiração, princípio essencial, inala-se profundamente pelo nariz expandindo a caixa torácica ântero-lateralmente e expira-se pela boca de forma forçada ao mesmo tempo em que se realiza uma contração abdominal; 6. Fluidez do movimento indica movimentos realizados de forma dinâmica sem intervalo e de forma harmoniosa exprimindo graça aos padrões de movimento.


Esses princípios devem ser seguidos durante a atividade junto a fundamentos básicos como olhar no horizonte, organização escapular, alinhamento axial da coluna vertebral e neutralização da coluna, ou seja, preservando suas curvaturas fisiológicas. Com relação ao número de repetições dos exercícios, são executados de forma lenta e com poucas repetições. No mínimo seis e no máximo doze, prezando assim pela qualidade dos exercícios e não pela quantidade. O próprio Joseph H. Pilates dizia “Poucos movimentos bem feitos realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica”.

 A respiração correta e a coluna lombar neutra são peças chave para a estabilização desse segmento da coluna. Quando se expira realizando uma contração abdominal o músculo transverso do abdômen é ativado. O assoalho pélvico potencializa sua contração e por ação coativadora ativa um importante músculo tônico estabilizador da coluna chamados multífidus (Mt) estabelecendo assim um circuito Tra - MAP - Mt proporcionando a estabilização do compartimento lombo-pélvico prevenindo lesões a coluna durante os exercícios.

Os benefícios da prática desta atividade são infindos, cada indivíduo possui particularidades diferentes e exalta benefícios afins. No geral são observados avanços no controle postural, estabilidade vertebral, concentração, equilíbrio, coordenação motora, consciência corporal, circulação e oxigenação sanguínea, alívio da tensão muscular, atenuação do estresse e ansiedade, e alívio de dores. Além disso, há melhora no desempenho sexual pelo fortalecimento dos MAP que são recrutados durante os exercícios. Tratando-se da musculatura fásica o principal objetivo do método não é alcançar grandes níveis de hipertrofia, mas sim estabelecer um equilíbrio neuromuscular onde a musculatura passa a ser forte, tonificada e flexível ao mesmo tempo.

No Brasil os profissionais que podem exercer o método são educadores físicos e fisioterapeutas sendo antes necessária a aprendizagem do método em cursos de formação para instrutores de Pilates. O fisioterapeuta passa a ter nas mãos um trunfo para associar os conhecimentos aprendidos na graduação ao método pilates objetivando a prevenção de patologias, manutenção da saúde e especialmente a reabilitação de diversas lesões. É possível adaptar o método para populações especiais com Parkinson, esclerose múltipla, fibromialgia, afecções na coluna e alterações posturais, pós - operatório de cirurgias no joellho, atletas, pacientes com câncer, gestantes, idosos, diabéticos, etc. transmitindo-os vantagens adicionais como, por exemplo, prevenção da osteoporose em idosos pelo aumento da densidade óssea, preparação para o parto através do fortalecimento da MAP e melhora nos níveis de glicose no sangue para os diabéticos.

O método pode ser praticado por todas as pessoas a partir dos sete anos de idade. Normalmente quem passa a fazer parte do universo do Pilates se apaixona e não quer mais abandoná-lo. Ainda, a diversidade dos exercícios praticados nos aparelhos, solo e com auxílio de acessórios como faixa elástica, bola, círculos e rolos não permitem que a prática entre na monotonia ao fazer o praticante deparar-se com algo novo a cada aula. Atualmente pesquisas científicas têm avançado nessa área para provar todos os benefícios mencionados anteriormente, mais ainda há muito a aprender e não faltam objetos de estudo para os profissionais que tem interesse em realizar pesquisas para aprimorar seus conhecimentos e contribuir com o meio científico.  


“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você está flexível e forte, você é um jovem”
 (Joseph H. Pilates)




















Supervisão de texto: 
Luan César Simões.






segunda-feira, 12 de março de 2012

Dengue, ai se eu te pego!



O que é a dengue?
A dengue é uma doença grave transmitida pelo mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. 
O que se sente?
O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.
Existe quantos tipos de dengue?
Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.
A dengue pode matar?

A dengue é responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano e põe em risco uma população de cerca de 2,5 a 3 bilhões de pessoas. A doença apresenta taxa de mortalidade de 10% para pacientes hospitalizados e de 30% para pacientes não tratados. A dengue é endêmica de regiões tropicais como o sudeste asiático, sul do Pacífico, África Oriental, Caribe e América Latina.

Como ocorre a transmissão?


A sua transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus transmissor da doença. A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença.

Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas da dengue podem ser percebidos.



Estamos protegidos contra a dengue?



Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil apresenta 48 cidades com risco de viver surto de dengue em 2012, com índices acima de 3,9% de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. Dentre os municípios em risco, estão as capitais: Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT). As capitais em situação de alerta são Salvador (BA), Recife (PE), Belém (PA), São Luis (MA) e Aracajú (SE).

Veja abaixo o mapa do Ministério da Saúde sobre o risco de dengue para o ano de 2012:



Como posso saber se estou infectado?


Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção.



É possível prevenir a dengue? Como?

A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.

Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.





Como eliminar de vez o mosquito da dengue?


Pesquisadoras da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto (SP) descobriram que a cafeína é fatal para o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti. No estudo, elas verificaram que quanto maior a concentração de cafeína na água parada contida em vasos, ralos e plantas, menor o tempo de vida das larvas. De acordo com as cientistas, foi  registrada uma taxa de mortalidade de 100%. Nenhuma das larvas conseguiu chegar ao último estágio de desenvolvimento.

Resultados semelhantes foram obtidos com a borra de café. Em laboratório, quatro colheres de sopa de borra de café bloquearam o desenvolvimento de larvas mergulhadas no equivalente a um copo de água.

Em situações de epidemia de dengue, o método de combate mais usado contra a reprodução do mosquito é a aplicação de inseticidas, mas a maioria desses produtos é tóxica. Além disso, com o tempo, os mosquitos podem adquirir resistência a essas substâncias. A borra de café funciona como um inseticida natural e não faz mal para seres humanos, animais e plantas.



Olha só o recado do pessoal de Salvador, vamos fazer o mesmo!




Todos juntos poderemos vencer a dengue!





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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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