segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

As dificuldades impostas ao ensino superior: Problemas de A a Z




             O ensino superior no Brasil passou e passa por uma série de dificuldades, hoje temos um dos piores sistemas de ensino universitário do mundo, com uma constante ampliação do acesso ao custo da diminuição do padrão de qualidade.
            As grandes diferenças regionais, a pressão por um aumento no numero de vagas, a contribuição para o desenvolvimento tecnológico e inovação, a necessidade de expansão e atualização da pesquisa, a elevação dos padrões de qualidade, os custos elevados e a conquista da autonomia didático-administrativa e financeira são suficientes para dar uma ideia das dificuldades que precisam ser enfrentadas em curto prazo se se quiser evitar uma decadência da educação superior no Brasil.
            A perda da autonomia didático-administrativa e financeira é a primeira grande dificuldade das universidades públicas brasileiras, atualmente essas instituições têm seus currículos e práticas submissos às empresas privadas e ao estado. Com as parcerias público-privadas se acentua a perda da paridade, isonomia entre docentes e amplia-se a influência do capital em ditar os rumos de pesquisas, currículos, projetos e programas no interior da universidade. Não se pode deixar de falar sobre a perda da autonomia de gestão, ou seja, quem determina o que deve ocorrer em termos de contratação de pessoal, patrimônio e diretrizes curriculares são os poderes executivo e legislativo, o que significa submissão das universidades as politicas e programas do governo.
            O ensino superior brasileiro enfrenta ainda dificuldades em decorrência das péssimas condições do ensino básico que dificulta o letramento dos estudantes. Muitos chegam à universidade com sérias dificuldades e lacunas de conhecimentos, habilidades e competências. Outro problema a ser enfrentado por essas instituições é que o Brasil é um país de grandes contrastes sócio-econômicos e culturais e as universidades precisam se preparar para a chegada dos filhos da classe trabalhadora com limites teóricos determinados pela condição concreta de vida e pela pobreza cultural em que muitas famílias vivem sem acesso aos bens culturais.
            Outra dificuldade é a realidade enfrentada pelos docentes do ensino superior, com salários ruins, sem condições dignas de trabalho e uma constante ameaça da perda do regime jurídico único para contratação. Os professores universitários que quando contratados deveriam exercer a docência nos três níveis ensino, pesquisa e extensão, passam a se dedicar exclusivamente à pesquisa devido aos benefícios financeiros e ao maior apoio por parte do capital privado. Já os técnico-administrativos assistem seus postos de serviço desaparecendo, sendo suas funções terceirizadas, substituídas pelas fundações e outras empresas prestadoras de serviço. 
            Na tentativa de solucionar esses problemas o governo lançou mão de políticas compensatórias, como a política de cotas, reserva de vagas, educação à distância, além de programas como o Prouni e o Fies na tentativa de inserir os estudantes das classes mais pobres no ensino superior privado. Essas são as chamadas políticas de alivio da pobreza, servindo apenas para esconder o problema real, sem resolver de vez a questão.
            Os problemas enfrentados pelo ensino superior no Brasil na verdade são problemas da sociedade em geral e não apenas dos governantes, portanto, faz-se necessário uma ação conjunta da sociedade e do governo na busca por soluções viáveis para resolver não só o problema do ensino superior, mas sim da educação brasileira de uma maneira geral.


Dra. Amanda Capistrano de Andrade
Fisioterapeuta
Natal, RN


Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - PB, 
Especialista em Fisioterapia Traumato-ortopédica pela Universidade Gama Filho, 
Cursando especialização em neuroreabilitação pela UFRN.
Atua como fisioterapeuta dermato-funcional e realiza atendimento domiciliar.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O acesso ao ensino superior: Uma questão de escolha, uma decisão para o futuro!



Durante toda essa semana iremos abordar um assunto de extrema importância: o ensino superior na área da saúde no Brasil. Consideramos os vários aspectos mais relevantes na abordagem dessa temática que é tão importante para os rumos do nosso país, principalmente ao considerarmos a importância estratégica na saúde à nível nacional.
...

Ao terminar o ensino médio uma série de dúvidas toma a cabeça dos estudantes. São tantas áreas de atuação, tantos cursos, tantas Instituições de Ensino Superior (IES), tanta novidade que nem se sabe por onde começar. Sem dúvida o primeiro passo deve ser acumular o maior número de informações acerca dos cursos, analisar o perfil de cada um e ver em qual deles você melhor se identifica.
 Existem várias formas de ingressar em cursos de ensino superior na área da saúde no Brasil. Os candidatos têm um leque de opções que vão desde financiamentos, passando por provas seriadas ou até concessão de bolsas de estudos. Na área da saúde (assim como em tantas outras), o candidato deve ter um perfil específico para poder cursar na área e consequentemente obter sucesso profissional futuramente, sem que nenhuma dúvida venha lhe causar insegurança. É certo que nem sempre o mais comprometido dos acadêmicos se tornará o mais excepcional profissional, isso é relativo e depende de inúmeros fatores. 
Podemos dizer que os requisitos básicos para a área da saúde são: ser compromissado, ter segurança, ser dedicado, ser comunicativo e ter empatia para lidar com as pessoas pois principalmente na área da saúde, não é apenas tratar a doença ou disfunção do paciente, envolve toda a parte psicológica deste e que se bem orientado e cuidado terá uma melhor eficácia e rapidez no tratamento; por fim, ser ético e ter amor à futura profissão, pois independente da área todo profissional ético e que ama a profissão terá muito sucesso na profissão que escolheu seguir.
O passo seguinte no ingresso ao ensino superior é buscar uma IES que ofereça um curso com uma grade curricular de excelência e que seja bem conceituada no MEC. Ocorre uma situação em algumas IES privadas área de saúde: os cursos PC ("pouca-carga"), PACP ("pagou-alguma-coisa-passou"), FQE ("finge-que-ensina") e EF ("entrou-formou") se proliferaram à vontade nos municípios do Estado de São Paulo e no Brasil inteiro. Isso se dá pela procura por faculdades que ofereçam cursos de menor duração e com baixas mensalidades para logo estarem formados e iniciarem sua carreira profissional.
 Essas instituições podem ser chamadas de “Supermercados de Ensino”, as quais consistem em conseguir o maior número de alunos, sem qualidade de ensino e assim acabar lucrando muito com a alta rotatividade de pessoas no curso, lançando no mercado de trabalho um profissional despreparado e com uma formação superior carente.  E será esse profissional que estará prostituindo a profissão ao subvalorizar honorários ou aceitar salários ínfimos. Sem trabalho ou trabalhando como relógio e sem remuneração adequada, passa a atacar a profissão de todas as formas.
Agora me pergunto: por que os candidatos que não têm condição de pagar por uma formação melhor, acabam caindo nisso se existem várias formas de ingresso ao curso de ensino superior de melhor qualidade?
Há vários programas da iniciativa privada e pública que facilitam o acesso dos estudantes à universidade, tais como: FIES, ENEM, PROUNI, COTAS, FINANCIAMENTOS DE BANCOS, VESTIBULARES E PROCESSOS SELETIVOS que concedem BOLSAS DE ESTUDOS aos melhores colocados.
O FIES é um programa realizado entre Governo Federal e Caixa Econômica Federal que possibilita o pagamento trimestral de um valor muito pequeno e num prazo de muitos anos para ser efetuado o pagamento a partir da conclusão do curso do estudante. Já o ENEM é uma prova de 180 questões realizadas em dois dias e que, dependendo da nota, o candidato pode ingressar em um curso de ensino superior com uma bolsa integral ou parcial. Os financiamentos bancários são programas muito semelhantes ao FIES, porém com uma taxa de juros pouco maior. Existem programas de COTAS para negros e indígenas, população de baixa renda, alunos de escola pública, etc. e para finalizar, os tradicionais vestibulares, normalmente realizados em IES públicas, e processos seletivos em instituições de ensino privado que podem conceder bolsas de estudos de 10% a 100% dependendo da colocação do candidato no ranking.
São inúmeras maneiras de ter acesso ao ensino superior, hoje em dia qualquer pessoa pode ser um bacharel, pode ter licenciatura e se dizer graduada, mas o mais importante não deve ser esquecido: não invista em qualquer curso, em qualquer faculdade, não jogue seu futuro no lixo por receio de “perder tempo” com uma carga horária maior ou por impossibilidade de pagar mais caro; invista na sua capacitação, existem vários programas e várias universidades públicas com vagas abertas anualmente. Persevere, estude e tenha objetivos, pois no futuro haveremos de ser recompensados pelas escolhas que fazemos no presente.


João Victor Maciel Mendes

Acadêmico de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília - Fisioterapia 
Membro do Diretório Acadêmico Eugênio Lopez Sanchez - Universidade Santa Cecília
Administrador da página: Fisioterapeutas do Sorriso - www.facebook.com/fisioterapeutasdosorriso

Novidades infoFisio 2012

Olá amigos,

Depois de merecidas férias estamos aqui novamente para compartilharmos informações sobre saúde e Fisioterapia. Para o ano de 2012 preparamos uma grande novidade, durante esse período contaremos com o auxílio de um grupo de colaboradores das mais diversas áreas da Fisioterapia. 

Desde já me sinto lisonjeado e agradecido aos nobres colegas por aceitarem o desafio de, juntamente comigo, atualizarmos este espaço que é destinados à todos profissionais, acadêmicos e sociedade como um todo.

Abaixo, apresento-lhes o nosso corpo de colaboradores:


É com imenso prazer que iniciamos este ano de 2012 com essa nova equipe, renovando sempre o interesse de levar à você a melhor informação com objetividade, responsabilidade, ética e respeito.

Sejam todos muito bem vindos!

Luan César Simões
Fisioterapeuta

InfoFisio 2012


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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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