quarta-feira, 20 de abril de 2011

FISIOTERAPEUTAS ABANDONAM CONVÊNIOS

Em decisão inédita, os Fisioterapeutas nacionais deram um basta à exploração de sua força de trabalho pelos Planos de Saúde e Seguradoras.

Comandados pelo CONSELHO NACIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (CONFITO), decidiram os fisioterapeutas romper unilateralmente os convênios que possuíam com estas instituições, tudo dentro das clausulas contratuais, e mantendo por mais um mês os atendimentos antes da finalização dos mesmos. Vale Ressaltar que o CONFITO recebeu a prestimosa acessória da ORDEM DOS ADVOGADOS NACIONAIS (OAN), que intermediou entre as partes todas as questões legais.

As representações dos diversos grupos e planos de saúde, nas negociações, chegaram a propor um considerável aumento nos valores pagos atualmente, mas que considerado pelos dirigentes do comando dos fisioterapeutas como insuficiente. Segundo o Presidente do CONFITO, Dr. Honoris Kausen, estes planos não negociavam com os fisioterapeutas há mais de 15 anos, o que praticamente destruiu a capacidade econômica de todo o grupo, fazendo com que passassem a disputar migalhas em troca da sobrevivência.

Dr. Honoris acrescentou que, mais que uma atitude de protesto, este ato se reveste de um retorno à dignidade perdida ao longo dos anos, bem como uma retomada à autonomia profissional.

Em decisão unânime tomada em Fórum Nacional especifico, decidiu a categoria dos Fisioterapeutas que a partir daquela data os honorários profissionais não mais farão parte dos termos contratuais em qualquer tipo de convênio ou credenciamento, e que os valores dos atendimentos serão cobrados de acordo com a TABELA NACIONAL DE REFERENCIAIS da categoria, e diretamente aos pacientes, cabendo aos mesmos solicitar os ressarcimentos desses custos aos seus planos de saúde.

Outro determinante para a ruptura dos antigos moldes de convênios foi o fato de que, alem dos valores pífios pagos por procedimentos, os planos de saúde ainda retinham estas quantias por mais de 3 meses em alguns casos, interferido ainda com a autonomia do profissional quando da indicação dos procedimentos e da freqüência dos atendimentos.

A participação efetiva do CONFITO na defesa de um atendimento digno à população, e justo para todas as partes envolvidas, foi decisiva para o sucesso dessa empreitada. Por muitos anos, profissionais de maneira isolada tentavam por um fim à exploração de seus serviços e a queda da qualidade dos atendimentos, mas não encontravam em seus representantes uma mão firme em defesa da categoria e da sociedade.

Informações obtidas de outras categorias dão conta que, a exemplo dos Fisioterapeutas, são vários os movimentos nesse sentido por parte de outros profissionais da saúde.

Esta matéria pode ser visualizada em sua integra na página 4 do JORNAL DO AMANHÃ, publicado em 31 de Fevereiro de 2012, na REPUBLICA NACIONAL DE UTÓPIA. 

Acessem o link abaixo e saiba mais:



terça-feira, 19 de abril de 2011

Saúde indígena - Temos o que comemorar?

Nesta semana comemoramos o Dia do índio, o qual é repleto de festejos, homenagens e informações acerca do "mundo indígena". Acontece que em meio às comemorações, trago uma reflexão que talvez seja importante: Como anda a saúde do povo indígena? Será que depois de tanta luta este povo conseguiu alcançar os objetivos do ponto de vista da saúde? Será que nós, enquanto profissionais de saúde, sociedade, brasileiros, estamos dando o respeito e dignidade que esse povo necessita e que lhe é de toda justiça?
A saúde indígena é uma luta dos povos indígenas pela conquista de seus direitos, dada a precária situação, em termos de acessos aos serviços, a que eles estão submetidos no Brasil. Para melhor compreensão acerca da realidade brasileira, é necessário resgatar alguns princípios sobre saúde e o entendimento do processo saúde-doença, levando-se em conta as especificidades culturais de cada uma das etnias presentes no País. Segundo os princípios que constam no relatório da III Conferência Nacional de Saúde Indígena, realizada em 2001, “... cada povo indígena tem suas próprias concepções, valores e formas próprias de vivenciar a saúde e a doença. As ações de prevenções, promoções, proteção e recuperação da saúde devem considerar esses aspectos, ressaltando os contextos e o impacto da relação de contato interétnico vivida por cada povo...”. Foi dessa compreensão, que emergiu a necessidade de entender que o processo saúde e doença é parte integrante de contextos socioculturais e, portanto, deve ser abordado, no âmbito das políticas de saúde, de forma a contemplar a participação social, a intersetorialidade, a integralidade das ações e, sobretudo, a diversidade cultural, em se tratando das populações indígenas. 

Será que a Política Nacional da Saúde Indígena está fazendo seu papel? Os povos indígenas estão assegurados do ponto de vista da saúde? Veja o vídeo a seguir e tire suas conclusões:

Os povos indígenas clamam por dignidade, pedem algo que é de direito e de toda justiça. Porque abandonar àqueles que nos deram origem e são as nossas raízes?
É de respeito que esse povo precisa, são de atitudes verdadeiras e coesas que os índios solicitam, é de humanidade que eles poderão continuar sobrevivendo e traduzindo por meio das suas tradições, a origem do nosso Brasil!
Abaixo um vídeo com a música Índio do Brasil de David Assayag (Música Indígena Brasileira), vale apena conferir!


Luan César Simões
Crefito: 142222-F

Todos contra o tabagismo!!

A partir de hoje estaremos dispondo materiais importantes para a prevenção de uma série de doenças, dentre elas o diabetes, hipertensão, aterosclerose, dentre outras. Hoje traremos informações sobre o tabagismo e suas implicações na saúde, veja:



Luan César Simões
Crefito: 142222-F

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Neuropatia Diabética

Uma das principais problemas que acometem os nervos perifèricos, é a Neuropatia Diabética. Veja esse vídeo e saiba um pouco mais sobre.





Luan César Simões
142222-F

O que é uma Neuropatia Periférica?

Estrutura do Sistema Nervoso Periférico

  O sistema nervoso periférico é composto por todos os nervos que estão fora do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Fazem parte do sistema nervoso periférico os nervos cranianos que ligam o cérebro directamente à cabeça e à face, os que o ligam aos olhos e ao nariz e os nervos que ligam a medula espinhal com o resto do organismo.

  O cérebro comunica com a maior parte do organismo através de 31 pares de nervos espinhais que saem da medula espinhal. Cada par de nervos espinhais consta de um nervo na face (lado) anterior da medula espinhal, que conduz a informação do cérebro aos músculos e de um nervo na sua face (lado) posterior, que leva a informação sensitiva ao cérebro. Os nervos espinhais estão ligados entre si e formam os chamados plexos, que existem no pescoço, nos ombros e na pelve (quadril); depois, dividem-se novamente para proporcionar os estímulos às partes mais distantes do corpo.

   Os nervos periféricos são na realidade feixes de fibras nervosas com um diâmetro que oscila entre 0,4 mm (as mais finas) e 6 mm (as mais grossas). As fibras mais grossas conduzem as mensagens que estimulam os músculos para o movimento (fibras nervosas motoras) e a sensibilidade tátil e de posição (fibras nervosas sensitivas). As fibras sensitivas mais finas conduzem a sensibilidade à dor e à temperatura e controlam as funções automáticas do organismo, como a frequência cardíaca, a pressão arterial e a temperatura (sistema nervoso autónomo). As células de Schwann envolvem cada uma das fibras nervosas e formam múltiplas camadas de um isolante gordo, conhecido como bainha de mielina.

Tipos de Neuropatia

  A neuropatia periférica costuma produzir alterações como perda da sensibilidade, debilidade e atrofia musculares ou alteração do funcionamento dos órgãos internos. Os sintomas podem aparecer isolados ou em combinação de alguns deles. Por exemplo, os músculos que dependem de um nervo lesionado podem apresentar fraqueza e atrofia. Pode surgir formigamento, edema e calor (vermelhidão) em diferentes partes do corpo. Os efeitos podem ser consequência da afecção de um único nervo (mononeuropatia), de dois ou mais nervos (mononeuropatia múltipla) ou de muitos nervos, simultaneamente, por todo o corpo (polineuropatia). 

Causas da Neuropatia

   A neuropatia periférica não é uma doença específica, isolada. É uma manifestação de muitas condições que podem lesionar os nervos periféricos. 

  São muitas as causas de uma neuropatia, como uma infecção, por vezes uma toxina produzida por certas bactérias (o caso da difteria), ou uma reação auto-imune como a síndrome de Guillain-Barré. Certos agentes tóxicos também podem lesar os nervos periféricos, assim como o câncer (nódulo) pode provocar a polineuropatia por invasão direta, compressão dos nervos ou pela produção de substâncias tóxicas.

  As deficiências nutricionais e as alterações do metabolismo também podem provocar uma polineuropatia. Por exemplo, o déficit da vitamina B pode afetar os nervos periféricos de todo o organismo. As neuropatias associadas às deficiências nutricionais costumam apresentar-se nos países menos desenvolvidos.

  As perturbações que podem provocar uma neuropatia crônica são a diabetes, a insuficiência renal e a desnutrição grave. A neuropatia crônica tende a evoluir lentamente, muitas vezes ao longo de meses ou de anos e costuma começar nos pés e, por vezes, nas mãos. O controlo inadequado dos valores de açúcar no sangue dos diabéticos pode originar diversos tipos de polineuropatia. Sendo chamada de Neuropatia diabética, cuja  forma mais frequente  é a polineuropatia distal, que produz uma sensação dolorosa de formigamento ou de ardor nas mãos e nos pés. A diabetes pode levar à debilidade em um dos olhos e nos músculos da coxa.

Sintomas da Neuropatia

  Os sintomas dependem do fato de o distúrbio afetar, ou não, as fibras nervosas sensitivas ou as fibras nervosas motoras ou atém mesmo ambas. A lesão das fibras sensitivas provoca alterações da sensibilidade que abrangem desde a percepção de sensações anormais até a dor, a redução na sensibilidade ou a ausência de sensibilidade na área afetada. As alterações da sensibilidade em geral se iniciam pelos pés ou pelas mãos e progridem até o centro do corpo, com neuropatias periféricas que envolvem a degeneração da porção do axônio da célula nervosa.

  Os danos às fibras motoras prejudicam os movimentos ou a função da área inervada por esse nervo, já que os impulsos para esta área estão bloqueados pela lesão. A estimulação nervosa, que se encontra prejudicada, para um grupo de músculos resulta em redução de movimentos ou do controle dos movimentos. A perda da função nervosa gera alterações estruturais nos músculos, nos ossos, na pele, nos cabelos, nas unhas e nos órgãos do corpo. As alterações estruturais são provocadas pela falta de estimulação nervosa, pela não utilização da área afetada, pela imobilidade, e pela falta de esforço muscular. Há fraqueza muscular e desgaste muscular (atrofia, perda da massa muscular). As lesões recorrentes e desapercebidas na área afetada podem ocorrer e provocar infecções ou lesões estruturais. As alterações incluem a formação de úlceras (feridas), dificuldade de cura, perda de massa tissular (tecidual), cicatrização e deformidade.  

Tratamento da Neuropatia

  O tratamento pode ser a cura do distúrbio (se possível) ou proporcionar uma maior independência e capacidade de cuidar de si mesmo ensinando o paciente a fazer a inspeção com espelho em caso de perda da sensibilidade, por exemplo, assim como também pode ser o controle dos sintomas.

  Os exercícios podem ser utilizados para aumentar a força e o controle muscular. O uso de bengalas, muletas, cadeiras de rodas, aparelhos ortopédicos e talas podem melhorar a mobilidade, a capacidade para utilizar uma extremidade afetada, ou impedir deformidades.
Em alguns casos será necessária a intervenção cirúrgica, já em outros tipos de lesão isso não será necessário, a menos que haja necessidade de aliviar a pressão sobre o nervo. 

  A fisioterapia pode contribuir na recuperação e prevenção das alterações sensoriais e motoras em pacientes com neuropatia. 

Objetivos básicos do tratamento: 

- Prevenir ou reduzir edema 


   O paciente deve aprender como posicionar o membro, particularmente em repouso, e receber aconselhamento geral sobre a prevenção do edema. Pode haver problemas se houver outras lesões associadas que impeçam o posicionamento adequado e o movimento.


   O movimento é muito importante por causa da ação do bombeamento dos músculos sobre os vasos e o movimento ativo das articulações, que estira e comprime os vasos, mantendo assim uma circulação adequada. Se isso não for possível, os movimentos passivos ajudam a manter a circulação. A massagem pode ser feita para reduzir o edema, idealmente, com o membro na posição elevada. 


- Manter a circulação na área afetada


   Uma desaceleração na circulação reduz o suprimento efetivo de nutrição para os tecidos e a remoção dos produtos de detritos. Os movimentos ativos são o melhor meio de prevenir essa desaceleração, mas os movimentos passivos e a massagem ajudam se houver paralisia. 


- Prevenir contraturas


   É essencial prevenir o desenvolvimento de qualquer contratura que poderia impedir a recuperação. Os movimentos passivos devem ser realizados para manter a variação total de movimentos articulares e para manter o comprimento total dos músculos. Os movimentos passivos devem ser realizados diariamente, pois a rigidez pode se desenvolver muito rapidamente. 


- Manter atividade e a força dos músculos não afetados


   O paciente deve ser encorajado a usar os músculos não afetados do membro. Se isso não for possível por causa da paralisia, o terapeuta deve ser capaz de facilitar o movimento apoiando o membro ou a tala funcional, permitindo que os movimentos ocorram. A falta de controle muscular aumenta o risco de quedas ou outras lesões.


- Manter a função


   O paciente deve ser encorajado a usar o membro o máximo possível. O uso de talas bem desenhadas e bem aplicadas (talas funcionais) pode permitir certa atividade funcional. 


- Estágio de recuperação


   Em um nervo misto, o programa de recuperação inclui a reeducação motora e sensorial. Dependendo do nervo e da extensão da perda motora e sensorial, a reeducação pode ser igualmente importante, especialmente no caso da mão. 


- Reeducação muscular


   Durante a realização de movimentos passivos antes que a recuperação ocorra, é bom que o paciente pense sobre o movimento desde que ele não cause muita ansiedade.
 

Este é um recado para você que é diabético: 
Clique na imagem para vê-la por completo
























Luan César Ferreira Simões

Fisioterapeuta 







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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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