Durante toda essa semana iremos abordar um assunto de extrema importância: o ensino superior na área da saúde no Brasil. Consideramos os vários aspectos mais relevantes na abordagem dessa temática que é tão importante para os rumos do nosso país, principalmente ao considerarmos a importância estratégica na saúde à nível nacional.
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Ao
terminar o ensino médio uma série de dúvidas toma a cabeça dos estudantes. São
tantas áreas de atuação, tantos cursos, tantas Instituições de Ensino Superior
(IES), tanta novidade que nem se sabe por onde começar. Sem dúvida o primeiro
passo deve ser acumular o maior número de informações acerca dos cursos,
analisar o perfil de cada um e ver em qual deles você melhor se identifica.
Existem várias formas de ingressar em cursos
de ensino superior na área da saúde no Brasil. Os candidatos têm um leque de
opções que vão desde financiamentos, passando por provas seriadas ou até
concessão de bolsas de estudos. Na área da saúde (assim como em tantas outras),
o candidato deve ter um perfil específico para poder cursar na área e
consequentemente obter sucesso profissional futuramente, sem que nenhuma dúvida
venha lhe causar insegurança. É certo que nem sempre o mais comprometido dos
acadêmicos se tornará o mais excepcional profissional, isso é relativo e
depende de inúmeros fatores.
Podemos
dizer que os requisitos básicos para a área da saúde são: ser compromissado,
ter segurança, ser dedicado, ser comunicativo e ter empatia para lidar com as
pessoas pois principalmente na área da saúde, não é apenas tratar a doença ou
disfunção do paciente, envolve toda a parte psicológica deste e que se bem
orientado e cuidado terá uma melhor eficácia e rapidez no tratamento; por fim,
ser ético e ter amor à futura profissão, pois independente da área todo
profissional ético e que ama a profissão terá muito sucesso na profissão que
escolheu seguir.
O passo seguinte no
ingresso ao ensino superior é buscar uma IES que ofereça um curso com uma grade
curricular de excelência e que seja bem conceituada no MEC. Ocorre uma situação em algumas IES
privadas área de saúde: os cursos PC ("pouca-carga"), PACP
("pagou-alguma-coisa-passou"), FQE ("finge-que-ensina") e
EF ("entrou-formou") se proliferaram à vontade nos municípios do
Estado de São Paulo e no Brasil inteiro. Isso se dá pela procura por faculdades
que ofereçam cursos de menor duração e com baixas mensalidades para logo
estarem formados e iniciarem sua carreira profissional.
Essas instituições podem ser chamadas de “Supermercados
de Ensino”, as quais consistem em conseguir o maior número de alunos, sem
qualidade de ensino e assim acabar lucrando muito com a alta rotatividade de
pessoas no curso, lançando no mercado de trabalho um profissional despreparado
e com uma formação superior carente. E
será esse profissional que estará prostituindo a profissão ao subvalorizar
honorários ou aceitar salários ínfimos. Sem trabalho ou trabalhando como
relógio e sem remuneração adequada, passa a atacar a profissão de todas as
formas.
Agora me pergunto: por
que os candidatos que não têm condição de pagar por uma formação melhor, acabam
caindo nisso se existem várias formas de ingresso ao curso de ensino superior
de melhor qualidade?
Há vários programas da
iniciativa privada e pública que facilitam o acesso dos estudantes à
universidade, tais como: FIES, ENEM, PROUNI, COTAS, FINANCIAMENTOS DE BANCOS,
VESTIBULARES E PROCESSOS SELETIVOS que concedem BOLSAS DE ESTUDOS aos melhores
colocados.
O FIES é um programa
realizado entre Governo Federal e Caixa Econômica Federal que possibilita o
pagamento trimestral de um valor muito pequeno e num prazo de muitos anos para
ser efetuado o pagamento a partir da conclusão do curso do estudante. Já o ENEM
é uma prova de 180 questões realizadas em dois dias e que, dependendo da nota,
o candidato pode ingressar em um curso de ensino superior com uma bolsa
integral ou parcial. Os financiamentos bancários são programas muito
semelhantes ao FIES, porém com uma taxa de juros pouco maior. Existem programas
de COTAS para negros e indígenas, população de baixa renda, alunos de escola
pública, etc. e para finalizar, os tradicionais vestibulares, normalmente
realizados em IES públicas, e processos seletivos
em instituições de ensino privado que podem conceder bolsas de estudos de 10% a
100% dependendo da colocação do candidato no ranking.
São inúmeras maneiras
de ter acesso ao ensino superior, hoje em dia qualquer pessoa pode ser um
bacharel, pode ter licenciatura e se dizer graduada, mas o mais importante não
deve ser esquecido: não invista em qualquer curso, em qualquer faculdade, não
jogue seu futuro no lixo por receio de “perder tempo” com uma carga horária
maior ou por impossibilidade de pagar mais caro; invista na sua capacitação,
existem vários programas e várias universidades públicas com vagas abertas
anualmente. Persevere, estude e tenha objetivos, pois no futuro haveremos de
ser recompensados pelas escolhas que fazemos no presente.
Acadêmico de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília - Fisioterapia
Membro do Diretório Acadêmico Eugênio Lopez Sanchez - Universidade Santa Cecília
Administrador da página: Fisioterapeutas do Sorriso - www.facebook.com/fisioterapeutasdosorriso
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