Definição
O Acidente Vascular Cerebral
(AVC),
ou Acidente Vascular Encefálico (AVE),
vulgarmente chamado de derrame cerebral, é
caracterizado pela perda rápida (aguda) da função neurológica, decorrente do
entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos
cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode
apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo
lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual
súbito de uma parte do campo visual por pelo menos 24 horas. Pode ainda evoluir
com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência que pode
evoluir com seqüelas ou até mesmo a morte, sendo a rápida chegada no hospital importante
para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as
doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC
representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em
camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica
dependente de cuidados de reabilitação
O
termo Ataque Isquêmico Transitório (AIT) refere-se ao déficit neurológico
transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade.
Classificação
Sinais e Sintomas
Os sintomas de AVC dependem da parte do cérebro que é lesada. Em alguns casos, uma pessoa pode nem mesmo estar ciente de que teve um derrame.
Os sintomas geralmente se desenvolvem repentinamente e sem aviso, ou eles podem ocorrer ocasionalmente por um ou dois dias. Os sintomas geralmente são mais graves quando o AVC ocorre pela primeira vez, mas eles podem ficar piores aos poucos.
Fique ligado:
• falta de sensibilidade ou fraqueza que
surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um
lado só do corpo
• confusão repentina,
problemas para falar ou entender o que os outros dizem
• dificuldade de enxergar com
um dos olhos
• dificuldade de caminhar,
tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação
• forte dor de cabeça que
surge de repente, sem causa aparente
Siga o teste, identifique casos de AVC e ajude imediatamente!
Ao primeiro sinal de AVC o paciente deve ser levado imediatamente a uma emergência para que se tenha tempo de salvar a área cerebral atingida!!!
Ligue SAMU 192
Fatores de Risco
- Hipertensão arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "12 por 8"; porém, cada pessoa tem um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, tem-se a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais; a melhor solução é a prevenção. Deve-se entender que qualquer um pode se tornar hipertenso. Não é porque mediu uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar. Além disso, existem muitas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa. A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento. Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sangüíneo ou a uma isquemia.
- Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançar o cérebro, além dos outros órgãos, podendo levar a uma isquemia. As principais situações em que isto pode ocorrer são arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc.
- Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.
- Tabagismo: O hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, diminui a oxigenação do sangue e aumenta o risco de hipertensão arterial.
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
- Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.
- Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
- Sexo: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
- Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.
- Anticoncepcionais hormonais: Atualmente acredita-se que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentem, significativamente, a ocorrência de AVC.
- Condições de vida: Uma pesquisa da Associação Americana Derrame, sugere que homens solteiros ou infelizes no casamento correm mais risco de sofrer AVC.
Portanto, tente manter hábitos de vida saudáveis, pratique esportes e mantenha sempre suas taxas e níveis de colesterol, pressão e glicemia dentro da normalidade. O AVC pode matar ou causar sequelas para o resto da vida. Cuide-se!
Luan César Simões
Fisioterapeuta